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Livros lidos #3

por Alexandra, em 29.04.14
A Jangada de Pedra relata a separação da Península Ibérica do continente europeu, começando esta a navegar pelo Oceano Atlântico em direcção aos Açores. Uma série de acontecimentos sobrenaturais coincidiram com a separação da península, depois ilha, e cada um destes eventos ocorre aos diferentes personagens deste livro, que acabam por se reunir todos devido ao factor comum que apresentam entre si: os acontecimentos sobrenaturais coincidentes com a ruptura geológica a eles associados.
O livro descreve a jornada dos personagens pela Península Ibérica, a situação social, económica e política vivida em Portugal e Espanha, bem como a reacção do resto do mundo face ao estranho acontecimento. Saramago descreve com a sua habitual mestria, sentido crítico e ironia toda a situação que se vive naquele momento, de vários pontos de vista, mas confesso que, no final, me soube a pouco. Não é o meu livro preferido do autor, embora tenho gostado bastante do livro em geral (o que pode parecer um pouco contraditório, admito, mas que penso que é típico dos fãs de Saramago). Achei algumas das relações entre os personagens um pouco estranhas e considero que o final do livro é demasiado abrupto, embora já devesse estar habituada, sendo o sétimo livro que leio de Saramago. No final, os aspectos menos bons do livro são compensados pelos incomparáveis momentos geniais de Saramago.
Quatro em cinco.

publicado às 22:43

WishList #2

por Alexandra, em 29.04.14
A publicar dia 9 de Maio pela Porto Editora, "Lanzarote - A Janela de Saramago" reúne fotografias de João Francisco Vilhena que jogam em harmonia com os textos de José Saramago, presentes nos Cadernos de Lanzarote, sobre a terra, a paisagem, a vida: no fundo, reflexões de Saramago sobre os temas que o marcavam.

publicado às 13:43

O que estou a ler e a ouvir #4

por Alexandra, em 28.04.14

publicado às 19:13

Porque para além de ler os livros que escrevem, há também que saber mais sobre eles. A ver se consigo fazer isto mensalmente. Aqui fica a primeira tentativa: Julio Cortázar, um escritor que ainda não tive o prazer de ler, mas que quero muito descobrir.

 

Julio Cortázar

 

O escritor argentino nasceu em 1914, em Bruxelas, e mudou-se para a Argentina aos quatro anos, depois do final da primeira Guerra Mundial. Cresceu em Banfield, uma cidade perto de Buenos Aires e, em criança, passou muito tempo de cama, doente, lendo livros seleccionados pela mãe, considerando-se, por isso, que a mãe de Cortázar foi determinante no seu interesse pela literatura. Formou-se Professor de Letras em 1935 e, em 1938, editou um livro de poemas sob o pseudónimo “Julio Denis”. Um dos seus primeiros contos foi publicado em 1946, numa revista editada por Jorge Luís Borges.

Em 1951, devido às suas divergências com a ditadura vigente na Argentina, mudou-se para Paris, continuando a visitar a Argentina regularmente, até ser exilado no início dos anos 70. Em Paris, surgiu a possibilidade de Cortázar traduzir toda a obra em prosa de Edgar Allan Poe. Esta foi considerada a melhor tradução de Edgar Allan Poe em espanhol. Para além de Poe, Defoe e Marguerite Yournecar foram também traduzidos por Cortázar. Em Paris, trabalhou também como tradutor e intérprete para a UNESCO e outras organizações. Em 1963, o seu segundo romance, “O Jogo do Mundo”, marcou em definitivo o nome de Julio Cortázar na literatura.

Em 1970, viajou até ao Chile, onde se solidarizou com o governo de Salvador Allende e, em 1971, foi “excomungado”, juntamente com outros escritores, por Fidel Castro, por ter pedido informações sobre o desaparecimento do poeta Heberto Padilla. Apesar deste acontecimento, continuou a acompanhar com grande interesse a situação política da América Latina. Em 1974, esteve reunido em Roma, como membro do Tribunal Bertrand Russel II, para examinar a situação política na América Latina, em particular as violações dos Direitos Humanos. Em 1976, viajou para a Costa Rica, tendo feito uma viagem clandestina até Solentiname, na Nicarágua, que se encontrava também sob um regime ditatorial violento.

Em 1983, a democracia voltou à Argentina e Cortázar fez uma última viagem ao seu país, tendo sido recebido calorosamente pelos seus admiradores, que o abordavam constantemente na rua, apesar da indiferença demonstrada pelas autoridades nacionais. Depois de visitar todos os seus amigos, voltou a Paris, sendo-lhe outorgada a nacionalidade francesa.

Cortázar faleceu de leucemia, com 69 anos, em Fevereiro de 1984. A sua vasta obra inclui poesia, romances e volumes de contos. Em português encontram-se publicados “O Jogo do Mundo - Rayuela”, “A volta ao dia em 80 Mundos”, “Papéis Inesperados” e “Gostamos tanto de Glenda”, pela editora Cavalo de Ferro, que prosseguirá com a publicação da obra deste autor.

Apesar de Cortázar ser mais conhecido como um mestre moderno do conto – foram os seus contos que declararam directamente o seu fascínio pelo fantástico –, os seus quatro romances mostraram-se inovadores na sua forma, enquanto, ao mesmo tempo, Cortázar explorava questões básicas sobre o Homem na Sociedade.

 

Comprei muito recentemente A volta ao dia em 80 mundos, uma colectânea de textos literários que abrange o conto, a poesia, o ensaio, o comentário humorístico e autobiográfico, e que tratam temas tão variados como o boxe, a política, técnicas culinárias, sadismo, Paris, entre outros, tudo alternado com ilustrações e fotografias escolhidas pelo próprio autor. Depois de o ler deixo por cá a minha opinião.

 

publicado às 10:01

WishList #1

por Alexandra, em 26.04.14
Esta edição de capa dura inclui todo o trabalho poético do autor de 1974 a 2011, e estou a planear comprá-la na Feira do Livro de Lisboa, a metade do preço.

publicado às 23:01

Dia Mundial do Livro

por Alexandra, em 23.04.14

O Dia Mundial do Livro serviu para aproveitar o desconto de 50% da Fnac em mais de 1000 livros. Sendo assim, vêm a caminho da minha casa estes exemplares. Gastei mais do que o suposto, está claro, mas tinha mesmo de ser, e assim já não vou (posso) gastar tanto na Feira do Livro de Lisboa, que começa no dia 29 de Maio. Claro que até lá me vou esquecer que gastei uma obscenidade em livros este mês, mas afinal, livros nunca são de mais, não é verdade?

 

publicado às 23:11

Levar os livros a passear #2

por Alexandra, em 15.04.14

Como já tinha falado aqui, este sábado participei no percurso pedrestre d'O Ano da Morte de Ricardo Reis, organizado pela Miss Lisbon, com o apoio da Fundação José Saramago. Gostei muito e foi tão bom recordar o livro, que já li há cerca de quatro anos, e que me parecia já tão distante (a minha memória é péssima), mas que fui relembrando facilmente através dos excertos que íamos lendo nas diversas paragens. O passeio começou  no Cais das Colunas, e passámos por locais como o Cais do Sodré, Rua do Comércio, Rua do Crucifixo, Rossio, Rua do Ouro, Praça Luís de Camões e Alto de Santa Cantarina. Por fim, visitámos a Casa dos Bicos. Nesta última parte, já estava tão cansada que acho que a única coisa a que prestei realmente atenção foi ao primeiro piso, onde se encontram as obras de Saramago, em várias línguas, vários objectos pessoais do escritor, fotografias, pequenos vídeos, a medalha do Prémio Nobel e o seu escritório.

Foram cerca de quatro horas a andar a pé, num total de cinco quilómetros, segundo a nossa guia, que, devo dizer, fez um trabalho excelente.

A Miss Lisbon organiza mais passeios, sendo que um me ficou particularmente debaixo de olho: A Sintra de Eça de Queirós.

 

publicado às 22:03

Estante #1

por Alexandra, em 15.04.14

Sábado fui à Fnac do Chiado em busca da Estante. Não a encontrei na banca das revistas que há na entrada e pensei Cheguei demasiado tarde, desconsolada. Graças à persistência do meu namorado, lá entrámos e ele descobriu um destaque para a revista (se não dissesse que tinha sido ele, nunca mais se ia calar), onde havia apenas uma revista. Nem quis acreditar. Melhor ainda, este primeiro número, é grátis. Também podem ler a revista online, e até fazer o download (grátis também, aqui).

 

Ainda não a li toda, mas estou a gostar muito.

 

publicado às 21:50

José Saramago nas nuvens

por Alexandra, em 14.04.14

A TAP anunciou hoje que o novo Airbus 320 será baptizado com o nome de José Saramago.

 

Há alguns anos, à partida para (mais) uma viagem de avião, e diante do painel de azulejos dedicado a Bartolomeu de Gusmão, que acolhe os passageiros no Aeroporto da Portela, alguém disse a José Saramago que seria extraordinário se um avião recebesse o nome de Blimunda, a mulher que via por dentro das pessoas e recolhia vontades para que a passarola chegasse a levantar voo. O sorriso de José Saramago foi a forma de manifestar o seu agrado perante tal inaudita ideia. Agora, por iniciativa da TAP, não será o nome de Blimunda a cruzar os céus, mas o do próprio Escritor, Prémio Nobel de Literatura.

 

A mim, só me resta desejar um dia poder andar neste avião.

 

 

publicado às 12:51

O que estou a ler e a ouvir #3

por Alexandra, em 13.04.14

publicado às 19:31

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